domingo, 12 de dezembro de 2010

Jaisalmer - Rajasthan


Conhecida como “cidade dourada” é umas das mais bonitas que visitei no Rajasthan, com sua arquitetura medieval no coração do deserto Thar é uma cidade calma, com paisagem seca e (de novo) muita história.


Após viajarmos toda a noite em trem, chegamos à estação de Jaisalmer por volta das 5 horas da manhã, para alegria e felicidade de todos o motorista do hotel estava nos esperando. O Hotel, além de aconchegante e com uma vista fantástica para o forte de Jaisalmer, tem comida boa, barata e o dono (Papu) é muito amigável e prestativo, fica aqui o merchandising: Shahi Palace Hotel.

Antes de mostrar as fotos, gostaria de deixar claro que esta viagem foi parte de um programa da escola chamado “English on the road”, só para lembrar que tive que conhecer essas cidades para aprimorar e reforçar o que foi ensinado em classe. Foi bem maçante e difícil, mas de nada adianta a teoria sem prática. Acho que o esforço e sacrifício valeram a pena:


Foto: Ji

Foto: Mana

Eu gosto de fortes e esses castelos antigos cheios de inteligentes engenhocas mecânicas que eram muito úteis na época. Para entrar no forte, por exemplo, precisamos passar por mais de um portão em ruas em formato de “S”, isso tudo era usado para controlar o vento, durante o dia eles mantinham os portões abertos para refrescar e a noite os portões eram fechados para proteger a cidade das tempestades de areia e do frio.

As ruas são estreitas e foram construídas deste jeito para que as ruas tenham sombras durante quase todo o dia, isso é útil principalmente durante o verão de mais de 50°C.

Esse era o nosso guia.

Essa cobertura foi construída para amenizar o calor, eles usavam urina de vaca para conservar as madeiras.

A cidade fora do forte foi construída deste lado porque os muros protegem as casas do vento da noite.   Foto: Ji

Mulheres trabalhando em contrução cível - isso é comum até em Déli.



Comerciante local.

A cidade também é conhecida pelos ourives.

Passamos uma noite na cidade e, finalmente, fomos para o deserto. Ficamos em um hotel/acampamento que fica a duas horas da cidade, vimos o por-do-sol, assistimos um show típico com puppets, dança e música do Rajasthan, acordamos cedo para ver o nascer do sol e voltamos para Jaisalmer. Foi a primeira vez que vi o deserto pessoalmente e andei de camelo, sensacional!


Foto: Mana









terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bikaner - Rajasthan

Sinceramente, antes de chegarmos a Bikaner eu não estava muito entusiasmado com a cidade, meu guia não tinha muita coisa escrito sobre a cidade e acho que estávamos todos sem muitas expectativas. Chegamos à cidade por volta das três da manhã, fomos direto para o hotel e ao chegarmos, após passarmos duas noites viajando em trem e dormindo um pouco na estação (os trens geralmente são atrasados), as acomodações eram boas e tivemos sorte que o motorista do autorickshaw falava bem inglês. Ele acabou ficando nosso guia durante todo o dia.


Tirando uma 'pestana' na estação de trem.  Foto: Inês

Conhecemos alguns palácios e um forte onde os antigos Maharajas viviam, alguns templos e o comércio local. No fim do dia todos estávamos surpresos com a cidade, poderíamos ficar lá mais um dia que ainda assim teríamos muita coisa para ver.

Ji (Coreia do Sul), Minami e Ayane (Japão), Inês e Sidonie (Suiça), Jason (Canadá) e eu no jardim do Laxmi Niwas Palace.

Junagarh Fort



Foto: Minami

A cidade também foi construída nas redondezas do Deserto Thar e uma das coisas mais interessantes que conheci na cidade foi um templo Hindu chamado Bhandasar Jain Temple. Na época que o templo foi construído não havia água o suficiente na cidade, por isso a base do templo foi construída com manteiga e coco seco, que eram os recursos disponíveis. Durante o verão (mais de 45°C) o templo fica fechado para visita durante o dia porque a manteiga derrete e começa a vazar pelas juntas do piso.

Bhandasar Jain Temple

Em algum lugar em Bikaner

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Jaipur - Rajasthan

Com quase 4 milhões de pessoas, Jaipur é a capital do Rajasthan. É considerada como a primeira cidade planejada da Índia. Hoje em dia o planejamento não é facilmente percebido, afinal, é muita gente, tráfego, buzinas, animais... o mesmo que vemos em Déli.

Por outro lado, assim como a maioria das grandes cidades da Índia e como todas as cidades do Rajathan, historicamente falando a cidade é muito rica. É por isso que esta é uma das cidades mais visitadas na Índia, e é lá também que estão uns dos melhores hotéis da Índia (segundo alguns moradores).


Eu, Inês (Suiça), Mana (Japão) e Minami (Japão)  Foto: Ayane



Foto: Ayane



Essas cidades do Rajasthan eram, no passado, cada uma um reinado e todas elas lembram filmes medievais. Construídas em locais estratégicos e com vista panorâmica, as muralhas de pedra e portões gigantes fecham as redondezas dos castelos e palácios que dividem a cidade. Atualmente a absoluta maioria da população vive fora destes muros. A arquitetura e os motivos que dão razão ao estilo como foram construídos é fascinante, tudo parece muito simples à primeira vista. Conversando com as pessoas você descobre que tudo tem explicação e começa a perceber que nada foi feito por acaso.




Toda a cidade foi pintada de rosa para a visita do Príncipe de Gales em 1853, por isso a cidade é conhecida até hoje como “Cidade Rosa”.

Mana e Ayane (Japão), Ji (Coreia do Sul), Jason (Canadá) e eu.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rajasthan

Na semana passada fui conhecer o estado de Rajasthan, este é o maior estado da Índia e é lá que fica o maior deserto do país - chamado Thar Desert - que faz fronteira com o Paquistão.

 


No total viajamos mais de 2.000 km pelo estado, parte da viagem por trem, parte em carro. Conheci a capital do estado Jaipur e mais quatro cidades, que são: Bikaner, Jaisalmer, Jodhpur e Udaipur. Tirei várias fotos e, como sempre, vi várias curiosidades. Nos próximos dias vou colocando as fotos e os comentários que guardei durante a viagem. Abaixo está o mapa do trajeto, recomendo:


Esses dias o meu amigo Leandro, do blog MundoConectado.net me convidou para comentar alguma coisa sobre a tecnologia aqui na Índia, acompanhe clicando aqui.

domingo, 21 de novembro de 2010

Amritsar - The Golden Temple

Este é o templo dourado, sagrado para os Sikhs, é um dos templos mais bonitos que conheci. Fica na cidade de Amritsar, no estado de Punjab.




Fui com um colega da escola, partimos na sexta a noite e chegamos em Amritsar no sábado às 5 horas da manhã, demos sorte por ser o fim de semana de Divali (como se fosse o Natal para os indianos) e todo o templo estava decorado com luzes.
 



Esta foi a viagem mais barata que fiz por aqui até agora, o templo oferece estadia e comida grátis para todos os visitantes, independente da religião, origem e crença. É verdade que os estrangeiros têm alguns privilégios, as nossas acomodações são um pouquinho melhores que a para os indianos, não é possível fazer reserva nem ter certeza que terá acomodação disponível.

Aquela era minha cama.

Esse é o alojamento para extrangeiros...

... e esse é o alojamento para os indianos.

A comida é a mesma para todos, logo na entrada do refeitório é impossível não escutar o barulho dos pratos sendo lavados, milhares deles e dos voluntários sentados no chão descascando montanhas de vegetais. Chorei por uns cinco minutos na fila de espera, o cheiro de cebola sendo descascada era intenso, pegamos nosso ‘bandejão’ e logo fomos orientados a entrar em um salão onde mais de 100 pessoas comem ao mesmo tempo, sentamos no chão e aguardamos a comida, nesse meio tempo observei a cozinha e nunca tinha visto panelas tão grandes antes, é possível cozinhar uma pessoa adulta de pé dentro delas.
 


A comida foi servida – ‘A La Indian Style’: chapatti (parecido com pão sírio), green dall (lentilha verde), arroz e um doce, tudo servido com a mão (sem talheres) e comemos da mesma forma: com as mãos. Já tinha experimentado antes, olhando parece ser fácil, mas por incrível que pareça é bastante difícil, pelo menos até acostumar. O sabor da comida era ótimo, só não tomei a água que foi servida, de resto comi tudo. Aprendi uma frase simples que é muito útil aqui: “Cozinhe, descasque ou deixe.”


Além do templo, fomos a um museu que conta a história do exército de Punjab e assistimos a cerimônia para arriar as bandeiras na fronteira entre Índia e Paquistão. Amritsar fica à 32 km da fronteira, fomos de ônibus e a cerimônia é muito engraçada, parece uma atração circense.
 
Museu: Maharaja Ranjit Singh Panorama.


Christoph (Alemanha) e eu na cerimônia da fronteira entre Índia e Paquistão.



Muita gente aqui em Delhi pensa que eu sou de Punjab, eles são um pouco maiores (mais altos e mais ‘pançudos’) que a maioria dos indianos e a maioria deles usam turbantes, são vegetarianos, não bebem cerveja e não cortam o cabelo nem a barba. A semelhança na altura e na pança é real, usei um turbante e também ficou parecido, mas as semelhanças param por aqui.


Estou aprendendo jogar Cricket para ensinar para os meus sobrinhos e afiliado. Quando eu era pequeno jogava algo parecido na rua, mas o nome era “Taco”. Cricket é o esporte mais popular aqui na Índia, na mesma proporção que o futebol é para os brasileiros.
 


Ai sim! Tenho falado com muita gente que viaja por aqui e na semana passada viajei pelo estado de Rajasthan, durante uma dessas conversas cheguei a seguinte conclusão: “Viajar na Índia não é fácil e nem é para todos, se for para você será inesquecível.”

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Churrasco!


Essa é para quem pensou que ninguém come carne aqui na Índia. Na verdade, aqui em Déli é bastante comum achar restaurantes com carne de frango, alguns vendem carne de porco, poucos vendem carne de peixe e, definitivamente, todos têm comida vegetariana.

Essa semana eu tinha combinado de ir a um restaurante brasileiro (só para variar) com alguns colegas da escola, o restaurante fica em outro estado, Haryana, na cidade de Gugaon, uma cidade vizinha e é possível ir de metro, aproximadamente 40 minutos.

Achei esse restaurante na internet (Wildfire), liguei para fazer reserva porque estávamos em dez pessoas, perguntei o preço, só para ter uma idéia e fiquei assustado: Rs 2.300,00 (Rupias) por pessoa, não incluso bebida - isso é equivalente a mais ou menos R$ 100,00 (Reais). Tem muita gente aqui que ganha um pouco mais que esse montante por mês. Não foi dessa vez que comi uma picanha aqui na Índia.

Porém... e sempre tem um porém, desde que cheguei aqui já experimentei dois tipos de churrasco diferentes, indiano e americano.



Essa primeira foto eu tirei em Manali, um ambulante que vende churrasco de frango, a segunda eu tirei em um festival que fui duas semanas atrás, o frango no espeto estava gostoso, mas melhor mesmo foi o churrasco americano que fui na semana do Commonwealth Games: hambúrguer no ponto, bacon e cerveja alemã. Nada como dinheiro e influência diplomática, não minha, do anfitrião.




Gosto de comida indiana e como os currys apimentados quase todos os dias, mas nada como um churrasquinho à moda brasileira (ou argentina), uma feijoada, porco paraguaio, tutu de feijão, caipirinha com limão taiti...