Este é o templo dourado, sagrado para os Sikhs, é um dos templos mais bonitos que conheci. Fica na cidade de Amritsar, no estado de Punjab.
Fui com um colega da escola, partimos na sexta a noite e chegamos em Amritsar no sábado às 5 horas da manhã, demos sorte por ser o fim de semana de Divali (como se fosse o Natal para os indianos) e todo o templo estava decorado com luzes.
Esta foi a viagem mais barata que fiz por aqui até agora, o templo oferece estadia e comida grátis para todos os visitantes, independente da religião, origem e crença. É verdade que os estrangeiros têm alguns privilégios, as nossas acomodações são um pouquinho melhores que a para os indianos, não é possível fazer reserva nem ter certeza que terá acomodação disponível.
Aquela era minha cama.
Esse é o alojamento para extrangeiros...
... e esse é o alojamento para os indianos.
A comida é a mesma para todos, logo na entrada do refeitório é impossível não escutar o barulho dos pratos sendo lavados, milhares deles e dos voluntários sentados no chão descascando montanhas de vegetais. Chorei por uns cinco minutos na fila de espera, o cheiro de cebola sendo descascada era intenso, pegamos nosso ‘bandejão’ e logo fomos orientados a entrar em um salão onde mais de 100 pessoas comem ao mesmo tempo, sentamos no chão e aguardamos a comida, nesse meio tempo observei a cozinha e nunca tinha visto panelas tão grandes antes, é possível cozinhar uma pessoa adulta de pé dentro delas.


A comida foi servida – ‘A La Indian Style’: chapatti (parecido com pão sírio), green dall (lentilha verde), arroz e um doce, tudo servido com a mão (sem talheres) e comemos da mesma forma: com as mãos. Já tinha experimentado antes, olhando parece ser fácil, mas por incrível que pareça é bastante difícil, pelo menos até acostumar. O sabor da comida era ótimo, só não tomei a água que foi servida, de resto comi tudo. Aprendi uma frase simples que é muito útil aqui: “Cozinhe, descasque ou deixe.”
Além do templo, fomos a um museu que conta a história do exército de Punjab e assistimos a cerimônia para arriar as bandeiras na fronteira entre Índia e Paquistão. Amritsar fica à 32 km da fronteira, fomos de ônibus e a cerimônia é muito engraçada, parece uma atração circense.
Museu: Maharaja Ranjit Singh Panorama.
Christoph (Alemanha) e eu na cerimônia da fronteira entre Índia e Paquistão.
Muita gente aqui em Delhi pensa que eu sou de Punjab, eles são um pouco maiores (mais altos e mais ‘pançudos’) que a maioria dos indianos e a maioria deles usam turbantes, são vegetarianos, não bebem cerveja e não cortam o cabelo nem a barba. A semelhança na altura e na pança é real, usei um turbante e também ficou parecido, mas as semelhanças param por aqui.
Estou aprendendo jogar Cricket para ensinar para os meus sobrinhos e afiliado. Quando eu era pequeno jogava algo parecido na rua, mas o nome era “Taco”. Cricket é o esporte mais popular aqui na Índia, na mesma proporção que o futebol é para os brasileiros.
Ai sim! Tenho falado com muita gente que viaja por aqui e na semana passada viajei pelo estado de Rajasthan, durante uma dessas conversas cheguei a seguinte conclusão: “Viajar na Índia não é fácil e nem é para todos, se for para você será inesquecível.”